Populações inteiras, nas cidades e na zona rural, dispõem da parafernália digital global como fonte de educação e de formação cultural. Essa simultaneidade de cultura e informação eletrônica com as formas tradicionais e orais é um desafio que necessita ser discutido. A exposição, via mídia eletrônica, com estilos e valores culturais de outras sociedades, pode inspirar apreço, mas também distorções e ressentimentos. Tanto quanto há necessidade de uma cultura tradicional de posse da educação letrada, também é necessário criar estratégias de alfabetização eletrônica, que passam a ser o grande canal de informação das culturas segmentadas no interior dos grandes centros urbanos e das zonas rurais. Um novo modelo de educação.
BRIGAGÃO, C. E.; RODRIGUES, G. A globalização a olho nu: o mundo conectado. São Paulo: Moderna, 1998 (adaptado).
O acesso a tecnologia que compõem a globalização atualmente é amplo e não se restringe ao setor urbano. O meio rural e todo o setor produtivo e social é atravessado por essa realidade. O contato entre culturas diferentes não significa abolir as identidades culturais particulares, uma vez que todas essas são frutos de processos históricos acumulativos e reagem de formas diferentes se desenvolvendo a partir das mudanças espaciais.