Na ética contemporânea, o sujeito não é mais um sujeito substancial, soberano e absolutamente livre, nem um sujeito empírico puramente natural. Ele é simultaneamente os dois, na medida em que é um sujeito histórico-social. Assim, a ética adquire um dimensionamento político, uma vez que a ação do sujeito não pode mais ser vista e avaliada fora da relação social coletiva. Desse modo, a ética se entrelaça, necessariamente, com a política, entendida esta como a área de avaliação dos valores que atravessam as relações sociais e que interliga os indivíduos entre si.
SEVERINO. A. J. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1992 (adaptado)
O texto tratado nesta questão expõe que o homem contemporâneo não pode ser compreendido fora de um contexto histórico/cultural/social, ou seja, para além das características de seu tempo e da sociedade, cultura em que vive. Neste sentido, para compreendermos a ética contemporânea, faz-se necessário entender o homem em sua coletividade.