A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado.
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996.
O processo econômico mais atual que coloca em risco o bioma amazônico, causando sérios impactos ambientais, é a expansão da fronteira agrícola com o gado e a soja. O avanço da fronteira vem sendo feito por famílias retirantes que abrem o roçado se apossando de terras de uso comum, ocupando partes da floresta que ainda estão mais concentradas ao sul amazônico. Também é comum que se abra com o a implementação do gado para posteriormente introduzir a soja, já que é proibido desmatar a Amazônia para plantação desse gênero agrícola. A introdução de plantas diferentes do bioma podem causar desequilíbrio, quadro esse que se agrava pelo intenso uso de agrotóxicos que essa monocultura exige.