Segundo dados do Balanço Energético Nacional de 2008, do Ministério das Minas e Energia, a matriz energética brasileira é composta por hidrelétrica (80%), termelétrica (19,9%) e eólica (0,1%). Nas termelétricas, esse percentual é dividido conforme o combustível usado, sendo: gás natural (6,6%), biomassa (5,3%), derivados de petróleo (3,3%), energia nuclear (3,1%) e carvão mineral (1,6%). Com a geração de eletricidade da biomassa, pode-se considerar que ocorre uma compensação do carbono liberado na queima do material vegetal pela absorção desse elemento no crescimento das plantas. Entretanto, estudos indicam que as emissões de metano (CH4) das hidrelétricas podem ser comparáveis às emissões de CO2 das termelétricas.
MORET, A. S.; FERREIRA, I. A. As hidrelétricas do Rio Madeira e os impactos socioambientais. Revista Ciência Hoje. V. 45, n° 265, 2009 (adaptado).
Usinas hidrelétricas precisam de uma grande área alagada, para formar uma queda d’água significativa e aumentar seu potencial energético. A matéria orgânica morta nessa área alagada (vegetais afogados, animais, etc) é decomposta, iniciando um processo de eutrofização. Ao final deste processo, esse reservatório eutrofizado passa a liberar metano, um gás estufa, em decorrência da decomposição anaeróbica da matéria orgânica.