Passada a festa da abolição, os ex-escravos procuraram distanciar-se do passado de escravidão, negando-se a se comportar como antigos cativos. Em diversos engenhos do Nordeste, negaram-se a receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração. Quando decidiram ficar, isso não significou que concordassem em se submeter às mesmas condições de trabalho do regime anterior.
FRAGA, W.; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira.
São Paulo: Moderna, 2009 (adaptado).
O Brasil foi um país escravocrata por 200 anos, de modo que essa atividade foi naturalizada no cotidiano histórico nacional. Com o fim da escravidão, muitas estruturas não foram criadas para permitir um acesso igualitário do negro na sociedade, em função do racismo e do lucro que trás a exclusão.