Ao deflagrar-se a crise mundial de 1929, a situação da economia cafeeira se apresentava como se segue. A produção, que se encontrava em altos níveis, teria que seguir crescendo, pois os produtores haviam continuado a expandir as plantações até aquele momento. Com efeito, a produção máxima seria alcançada em 1933, ou seja, no ponto mais baixo da depressão, como reflexo das grandes plantações de 1927-1928. Entretanto, era totalmente impossível obter crédito no exterior para financiar a retenção de novos estoques, pois o mercado internacional de capitais se encontrava em profunda depressão, e o crédito do governo desaparecera com a evaporação das reservas.
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1997 (adaptado).
Antes mesmo da Revolução de 1930 com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder o Brasil já percebia que uma nova postura deveria ser adotada no que se referia a economia, visto a crise de 1929 ter prejudicado tanto os tradicionais acordos do Convênio de Taubaté. Washington Luís, mesmo no final de seu mandato proporciona algumas intervenções afim de valorizar e incentivar a indústria nacional.