O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.
CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).
É engraçado de imaginar um europeu falando Tupi com nossos índios, porém, isso aconteceu em determinadas situações. A Ordem dos Jesuítas no Brasil tinham o incentivo superior da Igreja para angariar novos fiéis e estes trabalharam exclusivamente esta ideia, utilizando as mais variadas táticas. Protegiam os índios de escravização, catequizavam, prestavam variados auxílios e, por muitas vezes, falavam sua própria língua (O Tupi, de maneira geral).