Questão 104 da prova azul do segundo dia do Enem 2014

Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma da língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não!

Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo do dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 (adaptado).

Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”.

Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber

  1. descartar as marcas de informalidade do texto.
  2. reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.
  3. moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.
  4. adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.
  5. desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.

Gabarito da questão

Opção D

Questões correspondentes

116 100 130

Assunto

Variação Linguística

Comentário da questão

O domínio da língua portuguesa implica saber adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto, porque o uso da linguagem depende da situação comunicativa em que se está inserido. Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou pelos amigos, normalmente emprega-se uma linguagem informal, que permite, por exemplo, o uso de gírias. Diferentemente, a linguagem formal é usada em situações de mais formalidade, como em um discurso público.

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