Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma reforma na lei eleitoral brasileira, a fim de introduzir o voto direto. A grande novidade, porém, ficou por conta da exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever. As consequências logo se refletiram nas estatísticas. Em 1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em 1886, pouco mais de 100 mil cidadãos participaram das eleições parlamentares. Houve um corte de quase 90 por cento do eleitorado.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
O texto mostra que o voto direto foi introduzido de maneira elitista, excluindo a população que não teve acesso a educação. As estatísticas apresentadas no texto mostram que, antes dessa lei, votavam mais pessoas do que posterior a mudança. Assim, o corte de quase 90 por cento do eleitorado reflete uma restrição dos direitos políticos.