Questão 26 da prova cinza do primeiro dia do Enem 2015 Segunda Aplicação

A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.

A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela:

  1. eficácia prática da razão empírica.
  2. transvaloração dos valores judaico-cristãos.
  3. recusa em fundamentar a moral pela experiência.
  4. comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
  5. importância dos valores democráticos nas relações de amizade.

Gabarito da questão

Opção C

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Comentário da questão

Bastante conhecida, a ética kantiana é particularmente famosa por ser uma ética inteiramente formal, isto é, um sistema moral que não propõe quaisquer metas ou objetivos concretos, mas apenas uma norma abstrata: o imperativo categórico. Segundo Kant, nós não devemos basear nossa conduta nem em nossa experiência, nem em nosso desejo de felicidade, tampouco nos benefícios que podemos tirar de nossas ações, mas única e exclusivamente na consciência do dever. Deve-se fazer o certo porque é o certo – e ponto final.

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