A utilidade do escravo é semelhante à do animal. Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
A defesa que Aristóteles faz da escravidão como uma instituição natural, baseado no argumento da constituição física dos escravo, no soa hoje aberrante, mas serve para explicitar muito bem a visão negativa que os gregos tinham do trabalho braçal, enxergando-o como algo inferior e limitado, indigno de homens livres, os quais deveriam dedicar-se às atividades do espírito, como a filosofia e a política.