Um relacionamento de grupo saudável exige um número de indivíduos trabalhando interdependentemente para completar um projeto, com total participação individual e contribuição pessoal. Se uma pessoa domina, os outros membros têm pouco crescimento ou prazer na atividade, não existe um verdadeiro relacionamento no grupo. O teatro é uma atividade artística que exige o talento e a energia de muitas pessoas — desde a primeira ideia de uma peça ou cena até o último eco de aplauso. Sem esta interação não há lugar para o ator individualmente, pois sem o funcionamento do grupo, para quem iria ele representar, que materiais usaria e que efeitos poderia produzir? O aluno-ator deve aprender que “como atuar”, assim como no jogo, está intrinsecamente ligado a todas as outras pessoas na complexidade da forma da arte. O teatro improvisacional requer relacionamento de grupo muito intenso, pois é a partir do acordo e da atuação em grupo que emerge o material para as cenas e peças.
SPOLIN, V. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2008.
No primeiro período do texto, a autora e diretora norte-americana expressa a opinião de que todo o relacionamento de grupo requer total participação individual para que o resultado seja satisfatório e valha a pena. Posteriormente, explica que, no teatro da improvisação, o trabalho individual está atrelado a todas as outras pessoas, o que pressupõe a necessidade de um trabalho em equipe que inclua as diferenças e semelhanças dos atores de maneira a experienciar o teatro sem amarras ou julgamentos.