Questão 122 da prova azul do segundo dia do Enem 2015

No ano de 1985 aconteceu um acidente muito grave em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, perto da aldeia guarani de Sapukai. Choveu muito e as águas pluviais provocaram deslizamentos de terras das encostas da Serra do Mar, destruindo o Laboratório de Radioecologia da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, construída em 1970 num lugar que os índios tupinambás, há mais de 500 anos, chamavam de Itaorna. O prejuízo foi calculado na época em 8 bilhões de cruzeiros. Os engenheiros responsáveis pela construção da usina nuclear não sabiam que o nome dado pelos índios continha informação sobre a estrutura do solo, minado pelas águas da chuva. Só descobriram que Itaorna, em língua tupinambá, quer dizer “pedra podre”, depois do acidente.

FREIRE, J. R. B. Disponível em: www.taquiprati.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).

Considerando-se a história da ocupação na região de Angra dos Reis mencionada no texto, os fenômenos naturais que a atingiram poderiam ter sido previstos e suas consequências minimizadas se:

  1. o acervo linguístico indígena fosse conhecido e valorizado.
  2. as línguas indígenas brasileiras tivessem sido substituídas pela língua geral.
  3. o conhecimento acadêmico tivesse sido priorizado pelos engenheiros.
  4. a língua tupinambá tivesse palavras adequadas para descrever o solo.
  5. o laboratório tivesse sido construído de acordo com as leis ambientais vigentes na época.

Gabarito da questão

Opção A

Questões correspondentes

114 126 105

Assunto

Interpretação Textual

Léxico

Variação Linguística

Comentário da questão

O conhecimento acerca da linguagem indígena faria com que a construção sobre o termo “pedra podre” não ocorresse.

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