As convicções religiosas dos escravos eram entretanto colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres. lemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.
VERGER, P. orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupia, 1981.
O sincretismo religioso foi a forma encontrada dos escravos não perderem o costume de louvar seus deuses sem praticar seus cultos que eram proibidos pelos senhores, assim, a história e a cultura de sua terra natal eram preservadas mesmo em situações repressivas como a escravidão.