Arrependimentos terminais
Em Antes de partir, uma cuidadora especializada em doentes terminais fala do que eles mais se arrependem na hora de morrer. “Não deveria ter trabalhado tanto”, diz um dos pacientes. “Desejaria ter ficado em contato com meus amigos”, lembra outro. “Desejaria ter coragem de expressar meus sentimentos.” “Não deveria ter levado a vida baseando-me no que esperavam de mim”, diz um terceiro. Há cem anos ou cinquenta, quem sabe, sem dúvida seriam outros os arrependimentos terminais. “Gostaria de ter sido mais útil à minha pátria.” “Deveria ter sido mais obediente a Deus.” “Gostaria de ter deixado mais patrimônio aos meus descendentes.”
COELHO, M. Folha de São Paulo, 2 jan. 2013.
Lendo o texto observamos que os primeiros arrependimentos estão apoiados em valores morais mais voltados a satisfação pessoal, como por exemplo, “não deveria ter trabalhado tanto”. Já os últimos arrependimentos citados, se relacionam com valores morais mais tradicionais, como por exemplo, “deveria ter sido mais obediente a Deus”.