A história não corresponde exatamente ao que foi realmente conservado na memória popular, mas àquilo que foi selecionado, escrito, descrito, popularizado e institucionalizado por quem estava encarregado de fazê-lo. Os historiadores, sejam quais forem seus objetivos, estão envolvidos nesse processo, uma vez que eles contribuem, conscientemente ou não, para a criação, demolição e reestruturação de imagens do passado que pertencem não só ao mundo da investigação especializada, mas também à esfera pública na qual o homem atua como ser político.
HOBSBAWM, E.; RANGER, T. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado).
Devido à impossibilidade da neutralidade no fazer histórico e pela ação política implicada na atividade do historiador o profissional tem o dever de explicitar e justificar as suas escolhas metodológicas, bibliográficas e de análise de material em sua pesquisa, a fim de que a sua honestidade seja uma legitimadora da pesquisa.