O Movimento Negro Unificado (MNU) distingue-se do Teatro Experimental do Negro (TEN) por sua crítica ao discurso nacional hegemônico. Isto é, enquanto o TEN defende a plena integração simbólica dos negros na identidade nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer tipo de assimilação, fazendo do combate à ideologia da democracia racial uma das suas principais bandeiras de luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei entre negros e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a opressão racial.
COSTA, S. Dois Atlânticos: teoria social, antirracismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
Segundo o texto, o MNU ( Movimento negro unificado) critica o TEN ( Teatro experimental do negro), pois o mesmo defende que existe uma democracia racial na nossa cultura. Segundo o MNU, não existe nenhuma democracia na forma como houve a miscigenação no nosso país e nem tão pouco vivemos em uma sociedade sem racismo, pelo contrário, ainda encontramos traços fortes desse racismo no nosso cotidiano.