Questão 35 da prova rosa do primeiro dia do Enem 2016 Segunda Aplicação

Pode-se admitir que a experiência passada dá somente uma informação direta e segura sobre determinados objetos em determinados períodos do tempo, dos quais ela teve conhecimento. Todavia, é esta a principal questão sobre a qual gostaria de insistir: por que esta experiência tem de ser estendida a tempos futuros e a outros objetos que, pelo que sabemos, unicamente são similares em aparência. O pão que outrora comi alimentou-me, isto é, um corpo dotado de tais qualidades sensíveis estava, a este tempo, dotado de tais poderes desconhecidos. Mas, segue-se daí que este outro pão deve também alimentar-me como ocorreu na outra vez, e que qualidades sensíveis semelhantes devem sempre ser acompanhadas de poderes ocultos semelhantes? A consequência não parece de nenhum modo necessária.

HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.

O problema descrito no texto tem como consequência a

  1. universalidade do conjunto das proposições de observação.
  2. normatividade das teorias científicas que se valem da experiência.
  3. dificuldade de se fundamentar as leis científicas em bases empíricas.
  4. inviabilidade de se considerar a experiência na construção da ciência.
  5. correspondência entre afirmações singulares e afirmações universais.

Gabarito da questão

Opção C

Questões correspondentes

22 26 30

Comentário da questão

Hume foi um filósofo empirista e cético. Desta forma, defendia que não era possível se chegar a conclusão de verdade absolutas, apenas lidar com o aparente. Isso se torna um problema, na medida em que essa teoria bate de frente com o principal pressuposto da ciência, ter teorias universalmente válidas.

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