Fraudador é preso por emitir atestados com erro de português
Mais um erro de português leva um criminoso às mãos da policia. Desde 2003, M.O.P., de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava boletins de ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, tudo para anular multas de trânsito. Amparado pela documentação fajuta de M.O.P., um motorista poderia alegar às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações que ultrapassou o limite de velocidade para levar uma parente que passou mal e morreu a caminho do hospital.
O esquema funcionou até setembro, quando M.O.P. foi indiciado. Atropelara a gramática. Havia emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano passado em que estava escrito aneurisma “celebral” (com I no lugar de r) e “insuficiência” múltipla de órgãos (com um I desnecessário em “insuficiência” – além do fato de a expressão médica adequada ser “falência múltipla de órgãos”)
M.O.P. foi indiciado pela 2° Delegacia de Divisão de Crimes de Trânsito. Na casa do acusado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia encontrou um computador com modelos de documentos.
Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006 (adaptado).
O texto em questão tem o objetivo de informar o leitor sobre a prisão de um homem que fraudava documentos como atestados e boletins de ocorrência. Como o intuito do texto é informar de forma objetiva e impessoal, com o uso da norma culta, temos o exemplo de um texto jornalístico do gênero notícia.