O bonde abre a viagem,
No banco ninguém,
Estou só, stou sem.
Depois sobe um homem,
No banco sentou,
Companheiro vou.
O bonde está cheio,
De novo porém
Não sou mais ninguém.
ANDRADE, M, Poesias completas. Belo Horizonte: Wa Rica, 1993.
O bonde abre a viagem,
No banco ninguém,
Estou só, stou sem.
Depois sobe um homem,
No banco sentou,
Companheiro vou.
O bonde está cheio,
De novo porém
Não sou mais ninguém.
ANDRADE, M, Poesias completas. Belo Horizonte: Wa Rica, 1993.
O desenvolvimento das grandes cidades e a consequente concentração populacional nos centros urbanos geraram mudanças importantes no comportamento dos indivíduos em sociedade. No poema de Mário de Andrade, publicado na década de 1940, a vida na metrópole aparece representada pela contraposição entre
Opção A
No início do poema, nota-se que o eu lírico contrasta o início de sua viagem no bonde; ele estava sozinho e, logo depois, sobe mais um passageiro. Como os versos são sintéticos e sem descrição detalhada das ações, característica do Modernismo da 1ª fase, ao final do verso, após a movimentação da viagem, o eu lírico alude à vida urbana, ao dizer que o bonde já está cheio de passageiros.