A eleição dos novos bens, ou melhor, de novas formas de se conceber a condição do patrimônio cultural nacional, também permite que diferentes grupos sociais, utilizando as leis do Estado e o apoio de especialistas, revejam as imagens e alegorias do seu passado, do que querem guardar e definir como próprio e identitário.
ABREU, M.; SOIHET, R.; GONTIJO, R. (Org.). Cultura política e leituras do passado: historiografia e ensino de história, Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 2007
A questão nos remete à valorização e reconhecimento de práticas tradicionais que configuram patrimônio cultural imaterial. De acordo com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), “os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer.”