Em meados de 2003, mais de 20 pessoas morreram no Brasil após terem ingerido uma suspensão de sulfato de bário utilizada como contraste em exames radiológicos. O sulfato de bário é um sólido pouquíssimo solúvel em água, que não se dissolve mesmo na presença de ácidos. As mortes ocorreram porque um laboratório farmacêutico forneceu o produto contaminado com carbonato de bário, que é solúvel em meio ácido. Um simples teste para verificar a existência de íons bário solúveis poderia ter evitado a tragédia. Esse teste consiste em tratar a amostra com solução aquosa de HCl e, após filtrar para separar os compostos insolúveis de bário, adiciona-se solução aquosa de H2SO4 sobre o filtrado e observa-se por 30 minutos
TUBINO, M.; SIMONI, J.A. Refletindo sobre o caso celobar
A questão envolvia a descoberta da existência ou não de carbonato de bário em uma amostra através da solubilização em meio ácido. Para realizar o teste utiliza-se uma amostra contendo sulfato de bário e uma possível presença de carbonato de bário. Para tal, tratou a amostra com HCl originando a reação: BaCO3(s) + 2HCl(aq) → BaCl2(aq) + H2O(l) + CO2(g)
Após adição do ácido, a filtração separou um sólido (BaSO4) e um sal solúvel (BaCl2). A adição de ácido sulfúrico à solução formada indicou a existência de carbonato de bário na amostra inicial através da reação que gerou um precipitado branco: BaCl2(aq) + H2SO4(aq) → BaSO4(s) + 2HCl(aq)