O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo, e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de policia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte. Editora UFMG, 1998 (adaptado)
A prática Clientelista orienta-se na concessão de “privilégios” a população que, em troca, concedia seus votos. Neste sistema o estado deixava de agir regionalmente, deixando para o Coronel o controle de determinada localidade (extra-oficialmente). A população, obsoleta de direitos, contava com a “ajuda” de seu “padrinho”, o Coronel, e em troca lhe garantia ao menos o voto em seu candidato ofertado.