Segundo a Conferência de Quioto, os países centrais industrializados, responsáveis históricos pela poluição, deveriam alcançar a meta de redução de 5,2% do total de emissões segundo níveis de 1990. O nó da questão é o enorme custo desse processo, demandando mudanças radicais nas indústrias para que se adaptem rapidamente aos limites de emissão estabelecidos e adotem tecnologias energéticas limpas. A comercialização internacional de créditos de sequestro ou de redução de gases causadores do efeito estufa foi a solução encontrada para reduzir o custo global do processo. Países ou empresas que conseguirem reduzir as emissões abaixo de suas metas poderão vender este crédito para outro país ou empresa que não consiga.
BECKER, B. AMAZÔNIA: geopolítica na virada do II milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.
O texto fala da contradição entre promover acordos internacionais de redução de poluentes e práticas que permitem a continuidade do processo de poluição, através da compra de créditos de carbono, que refere-se à aquisição do direito de poluir. Em resumo, o mundo continua assistindo à uma desigualdade na distribuição das áreas poluidoras, ou como a opção chamou, dos impactos ambientais.