Dado que, dos hábitos racionais com os quais captamos a verdade, alguns são sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o cálculo, enquanto o conhecimento científico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro gênero de conhecimento é mais exato que o conhecimento científico, exceto a intuição, e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos que as demonstrações, e dado que todo conhecimento científico constitui-se de maneira argumentativa, não pode haver conhecimento científico dos princípios, e dado que não pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento científico, exceto a intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios.
ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G.
História da filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 1994
De acordo com a epistemologia aristotélica, os princípios pertencem ao domínio da intuição na medida em que ela é mais exata do que o conhecimento científico. De acordo com o texto, o conhecimento científico e a intuição – ao contrário da opinião e do cálculo – são sempre verdadeiros. O próprio trecho do texto de Aristóteles afirma que a intuição (que é mais verdadeira do que o conhecimento científico) deve ter por objetivo os princípios, o que nos levar a optar pela alternativa representada pela letra D.