Questão 59 da prova cinza do primeiro dia do Enem 2017 Segunda Aplicação

A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de qualquer fundo religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aristóteles, associar coisas impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real, em vez de não indicar nada, como é de regra.

COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).

Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que

  1. a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica.
  2. os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real.
  3. o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo.
  4. as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa.
  5. a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso.

Gabarito da questão

Opção C

Questões correspondentes

82 63 55

Comentário da questão

Segundo o texto, Aristóteles inova na sua noção de enigma na medida em que argumenta que o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo, alternativa representada pela letra C.  O enigma, segundo Aristóteles, é uma contradição na medida em que associa coisas impossíveis, mas trata-se de uma contradição que designa algo de real. A alternativa C é a única que traduz corretamente esse raciocínio.

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