O fenômeno da mobilidade populacional vem, desde as últimas décadas do século XX, apresentando transformações significativas no seu comportamento, não só no Brasil como também em outras partes do mundo. Esses novos processos se materializam, entre outros aspectos, na dimensão interna, pelo redirecionamento dos fluxos migratórios para as cidades médias, em detrimento dos grandes centros urbanos; pelos deslocamentos de curta duração e a distâncias menores; pelos movimentos pendulares, que passam a assumir maior relevância nas estratégias de sobrevivência, não mais restritos aos grandes aglomerados urbanos.
OLIVEIRA, L. A. P. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2011 (adaptado).
A rede urbana é composta por cidades pequenas e médias no entorno das grandes metrópoles que possuem importância e onde circulam mercadoria, capital e outros valores. As mudanças no atual fluxo migratório brasileiro se deram principalmente pela desconcentração industrial que tem gerado um crescimento das cidades médias. O menor custo do solo, incentivos fiscais e mão de obra barata são fatores atrativos para as indústrias.