A cromatografia em papel é um método de separação que se baseia na migração diferencial dos componentes de uma mistura entre duas fases imiscíveis. Os componentes da amostra são separados entre a fase estacionária e a fase móvel em movimento no papel. A fase estacionária consiste de celulose praticamente pura, que pode absorver até 22% de água. É a água absorvida que funciona como fase estacionária líquida e que interage com a fase móvel, também líquida (partição líquido-líquido). Os componentes capazes de formar interações intermoleculares mais fortes com a fase estacionária migram mais lentamente.
Uma mistura de hexano com 5% (v/v) de acetona foi utilizada como fase móvel na separação dos componentes de um extrato vegetal obtido a partir de pimentões. Considere que esse extrato contém as substâncias representadas.
RIBEIRO, N.M.; NUNES, C. R. Análise de pigmentos de pimentões por cromatografia em papel, Química Nova na Escola, n.29, ago. 2008 (adaptado).
Na cromatografia, as substâncias que são mais arrastadas pela fase móvel são as que possuem maior afinidade com o solvente da fase móvel e menor afinidade com a fase estacionária. Neste caso a fase estacionária é composta de água e celulose, polares e capazes de fazer ligações de hidrogênio. A substância mais retida é, portanto, a que possui as mesmas características e interage melhor com a fase estacionária: a mais polar e que apresenta mais hidroxilas.