A existência em Jerusalém de um hospital voltado para o alojamento e o cuidado dos peregrinos, assim como daqueles entre eles que estavam cansados ou doentes, fortaleceu o elo entre a obra de assistência e de caridade e a Terra Santa. Ao fazer, em 1113, do Hospital de Jerusalém um estabelecimento central da
ordem, Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários do Ocidente a ele, sobretudo daqueles que estavam ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. A militarização do Hospital de Jerusalém não diminuiu a vocação caritativa primitiva, mas a fortaleceu.
DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002 (adaptado).
O grande projeto de expansão do cristianismo a partir de uma estratégia de retomada de territórios levou a Igreja Católica a um processo de militarização da própria instituição. Assim, as Cruzadas, expedições militares cujo principal objetivo era retomar a Terra Santa, promoveram o surgimento do monasticismo guerreiro, o que pode ser percebido na militarização do Hospital de Jerusalém, que é abordada no texto.