TEXTO I
As fronteiras, ao mesmo tempo que se separam, unem e articulam, por elas passando discursos de legitimação da ordem social tanto quanto do conflito.
CUNHA, L. Terras lusitanas e gentes dos brasis: a nação e o seu retrato literário.
Revista Ciências Sociais, n. 2, 2009.
TEXTO II
As últimas barreiras ao livre movimento do dinheiro e das mercadorias e informação que rendem dinheiro andam de mãos dadas com a pressão para cavar novos fossos e erigir novas muralhas que barrem o movimento daqueles que em consequência perdem, física ou espiritualmente, suas raízes.
BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
Com o processo de globalização as fronteiras ganham uma ressignificação, atendendo aos interesses do Estado. Assim o Estado é responsável por essa seletividade, deixando-as por vezes livres ou flexibilizadas para o fluxo de capital, enquanto por outras restritivas e fechadas para circulação de pessoas. Tal condição caracteriza essa seletividade dos mecanismos segregadores.