Penso que não há um sujeito soberano, fundador, uma forma universal de sujeito que poderíamos encontrar em todos os lugares. Penso, pelo contrário, que o sujeito se constitui através das práticas de sujeição ou, de maneira mais autônoma, através de práticas de liberação, de liberdade, como na Antiguidade – a partir, obviamente, de um certo número de regras, de estilos, que podemos encontrar no meio cultural.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
Para Foucault, o corpo está inserido no social e, por isso, é marcado pelo social. Todas as relações sociais são relações de poder e, de acordo com cada momento sócio histórico, as dinâmicas de sujeição ou liberação são subjetivadas pelos indivíduos.