Questão 65 da prova rosa do primeiro dia do Enem 2019

Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.

ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado).

A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a):

  1. ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.
  2. alienação ideológica, que justifica as ações individuais.
  3. cosmologia religiosa, que sustenta as tradições hierárquicas.
  4. segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.
  5. enquadramento cultural, que favorece os comportamentos punitivos.

Gabarito da questão

Opção D

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76 86 74

Comentário da questão

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Em sua obra “A origem do totalitarismo” Hannah Arendt vai criticar a banalização do mal a partir da segregação humana. Essa segregação é alimentada pela biopolítica – políticas de adestramento da vida humana.

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