Questão 33 da prova amarelo do primeiro dia do Enem 2022

São vários os fatores, internos e externos, que influenciam os hábitos das pessoas no acesso à internet, assim como nas práticas culturais realizadas na rede. A utilização das tecnologias de informação e comunicação está diretamente relacionada aos aspectos como conhecimento de seu uso, acesso à linguagem letrada, nível de instrução, escolaridade, letramento digital etc. Os que detêm tais recursos (os mais escolarizados) são os que mais acessam a rede e também os que possuem maior índice de acumulatividade das práticas. A análise dos dados nos possibilita dizer que a falta de acesso à rede repete as mesmas adversidades e exclusões já verificadas na sociedade brasileira no que se refere a analfabetos, menos escolarizados, negros população indígena e desempregados. Isso significa dizer que a internet, se não produz diretamente a exclusão, certamente a reproduz, tendo em vista que os que mais a acessam são justamente os mais jovens, escolarizados, remunerados, trabalhadores qualificados, homens e brancos.

SILVA, F. A. B ZIVIANE, P; GHEZZI, D. R. As tecnologias digitais e seus usos Brasília, Rio de Janeiro. Ipea. 2019 (adaptado)

Ao analisarem a correlação entre os hábitos e o perfil socioeconômico dos usuários da internet no Brasil, os
pesquisadores

  1. apontam o desenvolvimento econômico com solução para ampliar o uso da rede.
  2. questionam a crença de que o acesso à informação é igualitário e democrático.
  3. afirmam que o uso comercial da rede é a causa da exclusão de minorias.
  4. refutam o vinculo entre níveis de escolaridade e dificuldade de acesso.
  5. condicionam a expansão da rede à elaboração de politicas inclusivas.

Gabarito da questão

Opção B

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Assunto

Noções Básicas de Compreensão Textual

Comentário da questão

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O texto desconstrói a ideia de que o acesso à informação é igualitário, apresentando dados que defendem que os mais escolarizados são os que têm maior acesso às redes, enquanto a parcela menos escolarizada, negra, analfabeta, indígena e desempregada, têm menor acesso. Logo, a internet, ainda que não seja a responsável, reproduz as marcas de exclusão social no Brasil. 

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