Fronteira. Condição antidemocrática de existência das democracias, distinguindo os cidadãos dos estrangeiros, afirma que não pode haver democracia sem território. Em princípio, portanto, nada de democracia sem fronteiras. E, no entanto, as fronteiras perdem o sentido no que diz respeito às mercadorias, aos capitais, aos homens e às informações que as atravessam. As nações não podem mais ser definidas por fronteiras rígidas. Será necessário aprender a construir nações sem fronteiras, autorizando a filiação a várias comunidades, o direito de voto múltiplo, a multilealdade.
ATTALI, J. Dicionário do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001 (adaptado).
Desde a formação dos estados nação europeus as fronteiras foram intrínsecas para a existência da instituição, sendo imprescindível a distinção de estrangeiros e cidadãos. Logo, o autor nos propõe uma nova perspectiva de organização para os estados e fronteiras, uma organização entre os países baseada em conceitos colaborativos.