Enquanto persistirem as grandes diferenças sociais e os níveis de exclusão que conhecemos hoje no Brasil, as políticas sociais compensatórias serão indispensáveis.
SACHS, I. Inclusão social pelo trabalho decente. Revista de Estudos Avançados, n. 51, ago. 2004.
As ações compensatórias ou ações afirmativas como, por exemplo, as cotas raciais nas Universidades Públicas, têm sua existência justificada pela enorme desigualdade social que assola determinados países como o Brasil. Neste contexto de desigualdade brutal, tais ações compensatórias se baseiam na noção de uma política pública que visa regular as oportunidades, ou seja, que visa trazer maior igualdade de oportunidades entre as pessoas. Um bom exemplo para entender esse entendimento compensatório das políticas públicas é quando observamos nas faculdades de medicina um número absolutamente maior de brancos do que de negros. De acordo com esse entendimento das políticas públicas é necessário trazer maior igualdade, regulando as oportunidades às quais as pessoas têm acesso, revertendo a desigualdade já vigente.