Questão da prova branco do primeiro dia do Enem 2015 Segunda Aplicação

Na sociedade democrática, as opiniões de cada um não são fortalezas ou castelos para que neles nos encerremos como forma de autoafirmação pessoal. Não só temos de ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações, como também devemos desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões. A partir dessa perspectiva, a verdade buscada é sempre um resultado, não ponto de partida: e essa busca inclui a conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.

SAVATER, F. As perguntas da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001 (adaptado).

A ideia de democracia presente no texto, baseada na concepção de Habermas acerca do discurso, defende que a verdade é um(a)

  1. alvo objetivo alcançável por cada pessoa, como agente racional autônomo.
  2. critério acima dos homens, de acordo com o qual podemos julgar quais opiniões são as melhores.
  3. construção da atividade racional de comunicação entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso.
  4. produto da razão, que todo indivíduo traz latente desde o nascimento, mas que só se firma no processo latente educativo.
  5. resultado que se encontra mais desenvolvido nos espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de convencer os outros.

Gabarito da questão

Opção C

Questões correspondentes

Comentário da questão

Segundo Habermas, existem duas formas básicas de racionalidade: a racionalidade instrumental, técnico-científica, e a racionalidade comunicativa, voltada para as questões morais e de conhecimento. Nessa perspectiva habermasiana, a busca da verdade não é monológica, puramente individual, mas sim dialógica, coletiva. Não é numa reflexão solitária, mas sim no debate e na troca de argumentos que se encontra verdade.

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