Questão da prova branco do primeiro dia do Enem 2016 Segunda Aplicação

Xilogravura, 1869. O indígena, representando o Império, coroa com louros o monarca.

Com seu manto real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que lembravam também os tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o cabeção de penas de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César em meio a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo da nacionalidade.

SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).

No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras e alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era

  1. exaltar o modelo absolutista e despótico.
  2. valorizar a mestiçagem africana e nativa.
  3. reduzir a participação democrática e popular.
  4. mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
  5. obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.

Gabarito da questão

Opção E

Questões correspondentes

05 09 21

Assunto

monarquia

Segundo Reinado

símbolos

Comentário da questão

A criação de símbolos nacionais tem o contexto histórico posterior ao período das revoltas regenciais e quando o governo fazia reformas políticas a fim de sanar essas revoltas, assim o pensamento nacionalista de apoio a figura do rei veio bem a calhar para alcançar união nacional, e para isso a presença das alusões tropicais era fundamental para criar um ideário nacional próprio.

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